TRABALHO EDUCATIVO NA PERSPECTIVA DA PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRITICA
Ao enfatizar o
trabalho educativo, a pedagogia histórico-crítica estabelece uma relação direta
com a socialização do conhecimento produzido historicamente, conseqüentemente a
defesa da especificidade da escola. Ao defender a escola, o trabalho educativo
e a socialização do conhecimento na formação da consciência humana, a pedagogia
histórico-crítica entra em contradição com os interesses presentes na sociedade
capitalista burguesa. O acesso ao conhecimento construído historicamente
clarifica as relações desiguais existentes entre classes sociais, os que detêm
os meios de produção e os que detêm a força de trabalho, na sociedade
capitalista. Essa possibilidade de desvelar as mazelas da sociedade capitalista,
da formação da sociedade dividida em classes, permite reflexões sobre possíveis
transformações da própria sociedade, dentre essas o socialismo. Entretanto, a
socialização do conhecimento não será tarefa fácil para a escola. As teorias
pedagógicas que desvalorizam os conteúdos escolares com base em um discurso
articulado com os princípios democráticos, terão espaços substanciosos em
cursos de formação de professores, nas legislações educacionais, entre outros.
Conduzidos por esses discursos convincentes, a escola tende a secundarizar o conhecimento aos alunos,
muitas vezes não se dando conta do que está por trás desse discurso. A
dominação de uma classe sobre a outra. Na realidade a burguesia reconhece que a
escola é um dos caminhos que podem acarretar a transformação social. Nesse
sentido, a pedagogia histórico-crítica, ao defender a escola, caminha no
sentido de superar a sociedade capitalista.
Artur