quarta-feira, 11 de maio de 2011


DIVERGÊNCIAS

Infância...gangorras e brincadeiras...Parece que foi ontem...Ah! Quanta diversão!
Saudade!
A adolescência fugia como louca.
 Energia! Essa era a impressão.
E a hora não passava! Roguei para Tempo sobre tal demora...
E um belo dia Ele resolveu atender minhas preces. Meio zangado e contrariado, por acreditar que a lentidão das horas me faria bem,  o Tempo colocou sobre minhas mãos....a Adolescência! 
Junto a ela muitas luzes, rebeldia e incapacidade.
E as horas passavam...
E agora o Tempo não esperava mais.
Logo fez questão de apresentar a mazelas do mundo adulto...
Homem reflexivo e atortoado sobre a realidade da natureza...
Fadado agora aos caprichos de um Tempo magoado, o ponteiro não parava mais...fatos que pareciam ter ocorridos ontem já acontecerá há um bom tempo atrás...
Depois de algumas horas o sarcástico Tempo me apresentou a Velhice.
E assim, depois de tanto tempo, magoado e ainda ferido nos tempos da infância, resolveu dar a ultima cartada.
Diminuir a velocidade dos ponteiros...
Sofrimento...
A pele agora não era mais a mesma, não havia mais brincadeiras, energia.
Mas sim dependência e memórias... 
E o Tempo cruel e zangado fez com que as horas duressem anos...
E a espera  por um perdão continuava...
E o Tempo, depois de algum tempo, talvez arrependido, olhava tristemente para mim.
Sabia Ele que o meu tempo estava chegando ao fim.
 O perdão chegou e junto a ele o fim.
O Meu fim.
Tempo.

Artur

  

Um comentário:

Márcia disse...

Como resistir ao tempo!? Inexorável, o deus Cronos "consome" tudo em seu caminho. A melhor forma de ludibriá-lo é... "fingir-se infinito", é transcorrê-lo com suas vicissitudes intensamente... corpo, coração e mente... somente.
Abraços!