segunda-feira, 3 de outubro de 2011

SOPRO DA SAUDADE.

Parece que foi ontem...apertei tua mão.
Percebi mas não acreditei...tua saúde estava precária.
O cigarro lhe acompanhava em nossa conversa...e a piada já não tinha mais graça.
E quanta piada ele contava...
Ahhh Professor Afrânio...assim ele me chamava.
Na verdade muitos diziam que ele não havia sido um homem bom, mas minha consciência sempre me dizia para não julgá-lo com o martelo dos outros. 
E assim...em uma tarde triste ele se foi...
Se foi para nunca mais voltar...
Algum tempo atrás ele, indignado com certas atitudes, me abraçou e me beijou no rosto...
Poucos tiveram tal atitude
Poucos, bem poucos,
E foi sincero...eu senti.
No fundo da alma...
Terminou só...
Mas não em minha memória...
Apenas sinto...
O SOPRO DA SAUDADE.
Descanse em Paz.

Artur


2 comentários:

Iara disse...

Que lindo o que escreveste amigo, que as palavras que sairam de teu coração ajudem também a consolá-lo.
Abraços

Márcia disse...

Oi,Artur!!!O tempo não pára!Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo.E saudade... "é um vazio que dói, é um buraco na alma que se abriu quando um pedaço de nós foi arrancado, no buraco da saudade mora a memória daquilo que tivemos... saudade é a presença de uma ausência..." Muita luz para os dias difíceis.Um abração!